A noite em Quito prometia um desafio duro, mas, acima de tudo, uma oportunidade para o Vitória respirar fundo e garantir a classificação na Sul-Americana. O que veio foi um filme cruel de desencontros, ineficiência e aquele tipo de lance que parece arrancar o chão dos pés de qualquer torcedor: o gol contra bizarro de Gabriel Baralhas.
O rubro-negro entrou em campo com uma vantagem numérica já aos 15 minutos do primeiro tempo, quando a Universidad Católica perdeu Rooney Troya expulso após entrada dura confirmada pelo VAR. A chance era clara, quase um convite para controlar o jogo e impor seu ritmo. No entanto, a posse de bola não se traduziu em efetividade. O Vitória criou, mas pecou nas finalizações e repetiu o velho drama dos impedimentos, como se a equipe estivesse presa numa espécie de auto-sabotagem.
No segundo tempo, a pressão aumentou, a esperança renovou, mas o futebol insistiu em não colaborar. O lance do gol contra de Baralhas é daquelas jogadas que ninguém quer ver acontecer, um recuo aparentemente simples que virou um presente grotesco para o adversário. O goleiro Lucas Arcanjo falhou com os pés, e o placar foi aberto da forma mais dolorosa possível.
Depois disso, o Vitória tentou reagir, mas parecia caminhar contra um destino já escrito. A derrota por 1 a 0 não foi só a eliminação na Sul-Americana, foi o retrato de uma equipe que, quando precisava ser precisa, se perdeu em detalhes e erros próprios.
O terceiro lugar no Grupo B com seis pontos mostra que a campanha não foi de todo ruim, mas ficou longe do objetivo maior. Agora, resta ao time a missão de se reerguer no Brasileirão, onde a pressão só aumenta.
O futebol, às vezes, é assim: cruel, imprevisível e, para quem torce, um exercício constante de paciência e fé. Virtudes que o Vitória terá que cultivar para seguir lutando.
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