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Reta final do Brasileirão coloca grandes clubes em risco de rebaixamento

Marlon Costa/Pernambuco Press

Com nove rodadas restantes, a disputa pela permanência na Série A do Campeonato Brasileiro de 2025 apresenta um cenário dos mais equilibrados dos últimos anos. Clubes de diferentes portes e tradições figuram na parte inferior da tabela, reacendendo a dúvida: haverá novamente um “grande” entre os rebaixados?

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Situação atual e probabilidades

Segundo levantamento do Departamento de Matemática da UFMG, a briga contra o rebaixamento envolve diretamente Santos, Fortaleza e Atlético-MG, além de Vitória, Juventude e Sport.
De acordo com as projeções, as chances de queda são as seguintes:

  • Fortaleza: 90,4%
  • Juventude: 89,4%
  • Vitória: 44,6%
  • Santos: 34,8%
  • Atlético-MG: 12,8%
  • Sport: 99,7%

Santos (16º – 31 pontos)

O Santos vive mais uma temporada marcada por instabilidade técnica e institucional. O time soma apenas nove pontos como visitante em 14 partidas e tem uma das defesas mais vazadas do campeonato (40 gols sofridos).
A equipe enfrenta uma sequência decisiva nas próximas rodadas: Botafogo (F), Fortaleza (C) e Palmeiras (F).

A favor da permanência na série A:

  • Histórico recente de reações em momentos críticos
  • Maior estabilidade defensiva em casa

Contras:

  • Produção ofensiva irregular
  • Problemas financeiros que afetam o ambiente interno
  • Baixo aproveitamento fora de casa

Fortaleza (19º – 24 pontos)

A situação do Fortaleza é a mais delicada entre os clubes tradicionais. A equipe precisará conquistar entre 14 e 16 pontos nas rodadas restantes, algo que exige desempenho superior a 60% de aproveitamento. Com apenas seis vitórias em 29 jogos e o pior ataque entre os nordestinos (26 gols marcados), o time enfrenta um calendário complicado: Flamengo (C), Santos (F) e Ceará (F) nas próximas rodadas.

As projeções da UFMG apontam 90,4% de probabilidade de rebaixamento, o que coloca o clube em situação crítica mesmo com a permanência de Juan Pablo Vojvoda no comando.

Atlético-MG (15º – 33 pontos)

Apesar de estar fora da zona de rebaixamento, o Atlético-MG não vive momento tranquilo. A equipe tem sete pontos de vantagem sobre o Z-4, mas acumula oscilações que preocupam a torcida.
Nos próximos confrontos, o Galo encara Ceará (C), Internacional (F) e Bahia (C), jogos que podem definir o rumo da equipe na reta final.

Com um elenco tecnicamente superior aos concorrentes diretos e cinco jogos em casa nas nove rodadas finais, o Atlético aparece com 12,8% de risco de queda, segundo os cálculos da UFMG, o menor entre os três clubes tradicionais em risco.

Contexto histórico e competitividade

Nas últimas dez edições do Campeonato Brasileiro, em sete houve ao menos um clube considerado “grande” rebaixado, o que mostra que tradição não tem sido sinônimo de segurança. Casos recentes como Cruzeiro (2019), Vasco (2020), Grêmio (2021) e Santos (2023) reforçam a imprevisibilidade da competição.

O modelo matemático indica que clubes que atingem 49 pontos praticamente eliminam o risco de rebaixamento, enquanto quem termina com 42 a 43 pontos entra na zona de perigo.
Isso significa que Santos e Fortaleza precisam reagir de forma imediata para não depender exclusivamente de resultados de rivais diretos.

Perspectivas

O Fortaleza aparece como o clube tradicional com maior probabilidade de queda, enquanto o Santos vive situação de alerta, mas ainda controlável com uma sequência inconstante.

Já o Atlético-MG, mesmo com riscos reduzidos, precisa pontuar bem para evitar repetir campanhas de grandes que caíram nas rodadas finais.

Escrito por
Fellipe Moraes

Fellipe Gabriel, 19 anos, é estudante de Jornalismo na UFMT. Natural de Cuiabá, encontrou na escrita uma forma de entender o mundo e se expressar nele. É São Paulino, por teimosia e paixão, acompanha o futebol brasileiro de perto e também gosta de ficar de olho no que rola nas grandes ligas da Europa. Interessado por esporte, sociedade e tudo que mexe com as pessoas de verdade, acredita que o jornalismo pode ser um ponto de encontro entre sentimento e informação e também como uma forma de engrandecer o lugar de onde veio e ampliar a voz daqueles que não sou ouvidos.

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