O preparador de goleiros do Mixto Esporte Clube, Rafael Cruz, foi vítima de injúria racial durante o empate em 2 a 2 com o Goianésia, pela Série D do Campeonato Brasileiro, no último domingo (8), no estádio Valdeir José de Oliveira, em Goiás. O crime aconteceu nos minutos finais da partida e resultou na detenção em flagrante de um torcedor da equipe mandante.
De acordo com a súmula da partida, por volta dos 40 minutos do segundo tempo, um sócio-torcedor do Goianésia passou a importunar a médica do Mixto no banco de reservas. Rafael Cruz interveio pedindo que o torcedor se afastasse, momento em que foi alvo de uma ofensa racista. O agressor respondeu com a frase: “sai daqui, seu preto”.
A Polícia Militar foi acionada imediatamente, identificou o autor das ofensas e o conduziu à delegacia. O Goianésia Esporte Clube agiu de forma imediata, excluindo o agressor do quadro de sócios e proibindo sua entrada em futuras partidas do clube.
Na segunda-feira (9), Rafael Cruz se pronunciou publicamente por meio de suas redes sociais, onde divulgou uma nota de repúdio condenando o crime e reforçando a luta contra o racismo no esporte.
“O racismo é uma ferida aberta que continua sendo alimentada por atitudes desprezíveis como essa. É mais que uma ofensa individual, é uma violência contra todos os que lutam por respeito, dignidade e igualdade”, destacou Cruz na nota.
O preparador agradeceu ainda o apoio recebido desde o primeiro momento por parte da diretoria do Mixto, colegas de equipe, membros do Goianésia e da Polícia Civil local. Ele reafirmou seu compromisso de seguir lutando contra qualquer forma de discriminação: “Racismo é crime, e não pode ser silenciado ou relativizado. Seguiremos denunciando, resistindo e cobrando punições exemplares”.
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