É impossível pensar no Brasil sem pensar em futebol. Sabe aquela frase clássica que os gringos sempre falam “Oh, Brazil?! Carnival, soccer and samba” – “Brasil?! Carnaval, futebol e samba”? Isso sempre me incomodou um pouco, porque o Brasil é bem mais que isso, e a gente sabe. Mas, hoje, quando eu escuto essa frase, vejo mais profundidade do que muitas pessoas vêem. O Brasil é futebol.
Somos fanáticos, malucos! O Futebol é nossa essência, nosso idioma. E isso não é algo que se aprende na fase adulta; já se nasce com essa paixão. Os pés descalços, as bolas remendadas, o golzinho feito do que tiver: chinelo, pedaço de madeira, pedra? O amor por esse esporte está presente no nosso DNA. Nossa conexão com ele é tão forte que reflete em outros contextos, sejam eles políticos, econômicos, históricos ou antropológicos.
E não há loucuras quando o assunto é paixão! Não há nada que não façamos em nome do amor por um clube. Viajar quilômetros para ver o time jogar – correndo o risco de perder – ou até mesmo fazer uma vaquinha coletiva para pagar o estádio de bilhões de reais. Nada parece impossível para aqueles que respiram pelo futebol, porque o coração pulsa o ritmo das arquibancadas.
Mais que isso, porque ser torcedor é carregar o clube no peito e desafiar o mundo, as estatísticas e quem mais quiser se meter no meio. É ganhar e perder com a mesma intensidade, porque o que faz o torcedor voltar sempre ao estádio não são as vitórias, mas o amor. Amor puro e sem lógica, até porque não precisa ter lógica.
E assim somos nós, brasileiros, que fazemos do futebol nossa pátria dentro da pátria. E que venham mais jogos com estádios lotados, ônibus para empurrar, hinos para cantar, lugares inimagináveis para viajar e vaquinhas para colaborar. Dito isso, tome aqui, Corinthians, todo o meu dinheiro!
Por Cami Almeida, estudante de Jornalismo e torcedora do Corinthians.
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