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O inevitável: simplesmente, Cristiano Ronaldo!

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Reprodução/X/@Portugal

Na Allianz Arena, em Munique, era noite de decisão. Era final, não era qualquer final. Era Espanha contra Portugal, Lamine Yamal contra Cristiano Ronaldo. Juventude contra a personificação da eternidade. No fim, a história, como quase sempre, se curvou ao inevitável. Neste domingo (8), Portugal venceu a Espanha nos pênaltis por 5 a 3, após empate em 2 a 2 no tempo normal, e conquistou o bicampeonato da UEFA Nations League. Mas mais do que um título, o que se viu foi o choro de um rei que, aos 40 anos, ainda se recusa a deixar o trono, que se recusa a passar o bastão pois sabe que pode entregar muito mais.

Na disputa por pênaltis, foi Diogo Costa quem brilhou ao defender a cobrança de Morata. Mas foi Cristiano quem desabou. Quem chorou. Não como quem desiste ou se entrega, mas como quem sabe o peso de ser o ídolo de uma nação. Ele se ajoelhou como um garoto de 20 anos realizando um sonho. O tempo passou para todos, menos para ele. A idade até bate à porta, mas não se atreve a entrar. Porque em campo, Cristiano ainda decide e, mais do que isso, nos emociona.

Uefa/Divulgação

A seleção comandada por Roberto Martínez conquistou sua segunda taça da Nations League, seis anos depois da primeira. No meio de tantos novos rostos, novos postulantes a ídolos, um deles continua o mesmo. O da lenda. O da promessa que virou mito. O da camisa 7 que não amarelou diante de uma nova geração espanhola, de Yamal e companhia, que ainda precisa entender que há coisas que só o tempo ensina. Como o peso de se ter um ídolo máximo em campo.

Aliás, Yamal tentou. Correu, driblou, lutou. Mas do outro lado havia Cristiano, e Cristiano, meus amigos, é outro tipo de problema. Mesmo aos 40 anos, ainda é o pesadelo de qualquer zagueiro, de qualquer goleiro, de qualquer dúvida sobre o seu fim.

Pode ser que esta tenha sido a última grande taça dele com Portugal. Sinceramente? Sugiro não acreditar nisso. Mas se realmente for, que encerramento, hein? Que símbolo é este homem. Que jeito de dizer ao mundo: ei, eu ainda estou aqui. Como se fosse possível nos esquecermos dele. E por mais que as páginas virem, que os garotos cresçam e que o mundo do futebol acabe mudando, haverá sempre um espaço reservado na história para os que decidem desafiar o tempo. E, sem sombra de dúvida, Cristiano Ronaldo é um deles, para muitos, o maior deles.

Uefa/Divulgação

Escrito por
Bruno Monteiro

Bruno Monteiro, 25 anos, estudante de Jornalismo na UFMT e repórter do site Na Coruja. Nascido no Rio de Janeiro e morando há duas décadas em Mato Grosso, cobre o cenário esportivo no geral e o futebol brasileiro, com atenção especial ao Mixto Esporte Clube. Fã, principalmente, de Futebol e Basquete, e movido pela vontade de contar boas histórias a quem lê, busca diariamente aprender e evoluir como pessoa e profissional, carregando sempre aquele tom de quem sabe, realmente, o que é torcer, chorar e, no fim, amar o esporte.

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