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Jogo das estrelas: por que famosos estão comprando e transformando clubes em marcas

Martin Rickett/PA

De Snoop Dogg a Kelly Key, de Ryan Reynolds a Natalie Portman, o futebol se tornou o novo campo de investimento das celebridades. O fenômeno ganhou força nos últimos anos, com artistas, atores e cantores apostando no esporte como um negócio lucrativo e uma poderosa plataforma de mídia e engajamento. Em 2024 e 2025, dezenas de personalidades já adquiriram participações em clubes pelo mundo, transformando times pequenos em marcas globais.

Entre os nomes mais conhecidos, Snoop Dogg virou sócio do Swansea City, do País de Gales, e os atores Ryan Reynolds e Rob McElhenney transformaram o Wrexham AFC em um fenômeno cultural e econômico. Em apenas quatro anos, o clube saltou da quinta para a segunda divisão inglesa, impulsionado por uma série documental vencedora de dez prêmios Emmy e por um aumento de 50% no turismo local, que movimenta hoje mais de R$ 1,2 bilhão por ano.

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Facebook / Swansea City Football Club

Na Inglaterra, outros famosos também apostaram no futebol: Michael B. Jordan é sócio do AFC Bournemouth, Will Ferrell investe no Leeds United, e Ed Sheeran apoia o Ipswich Town.

Nos Estados Unidos, a atriz Natalie Portman é cofundadora do Angel City FC, avaliado em US$ 250 milhões, o clube feminino mais valioso do mundo, com um modelo que destina 10% da receita de patrocínio a projetos sociais em Los Angeles.

Reprodução/Twitter/weareangelcity

No Brasil, a tendência começa a ganhar corpo. O rapper L7nnon negocia a compra do Olaria, tradicional clube do Rio de Janeiro, e o cantor Gusttavo Lima tornou-se sócio do Atlético de Paranavaí (PR). Já Kelly Key fundou o Kiala FC, em Angola, voltado à formação de jovens atletas e à inclusão social.

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Especialistas explicam que o interesse das celebridades vai além da paixão pelo esporte. Segundo Pedro Oliveira, da empresa OutField, os clubes hoje funcionam como plataformas de entretenimento e marketing global, capazes de gerar receita com mídia digital, patrocínios e streaming. O caso do Wrexham exemplifica esse potencial: o time virou série, marca internacional e motor econômico local.

Com a chegada da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) no Brasil, o país também começa a se abrir a esse tipo de investimento. A expectativa é que mais artistas e empresários passem a enxergar o futebol como oportunidade de negócios, reputação e legado. “O interesse é real e crescente”, diz Pedro Oliveira. “O desafio é garantir que paixão e profissionalismo andem juntos.”

Reprodução/instagram/oficialkellykey

Escrito por
Bruno Monteiro

Bruno Monteiro, 25 anos, estudante de Jornalismo na UFMT e repórter do site Na Coruja. Nascido no Rio de Janeiro e morando há duas décadas em Mato Grosso, cobre o cenário esportivo no geral e o futebol brasileiro, com atenção especial ao Mixto Esporte Clube. Fã, principalmente, de Futebol e Basquete, e movido pela vontade de contar boas histórias a quem lê, busca diariamente aprender e evoluir como pessoa e profissional, carregando sempre aquele tom de quem sabe, realmente, o que é torcer, chorar e, no fim, amar o esporte.

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