O presidente do Mixto Esporte Clube, Ítalo Freitas, falou de forma contundente sobre as irregularidades que levaram à suspensão da eleição para a presidência da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), que ocorreria neste sábado (3). Segundo ele, houve um “grande desrespeito legal” e uma série de manobras que colocaram em xeque a lisura do processo.
Ítalo destacou como principal exemplo a exclusão do clube Campo Novo, mesmo este tendo quitado as pendências financeiras que eram o único impedimento para sua participação no pleito. Enquanto isso, o Juara, outro clube com histórico semelhante de débitos, foi mantido no processo eleitoral — o que, segundo ele, caracteriza tratamento desigual e parcial.
“Considerando esse flagrante desrespeito à democracia, o processo foi suspenso”, afirmou. Ele acredita que a FMF tentará recorrer da decisão judicial, mas mantém a confiança de que a suspensão será mantida: “Um flagrante desrespeito à democracia como esse acredito que não vai passar batido.”
Para Ítalo, a eleição precisa ser remarcada com todos os ajustes necessários para garantir transparência. Ele aponta ainda para outras falhas, como o não cumprimento dos horários previstos no regulamento para abertura da sessão eleitoral, que deveria ter ocorrido em segunda chamada às 10h da manhã.
“Abriu-se a ata, essa ata tem que ser encerrada, e uma nova remarcação precisa ser feita. Precisam ser convocados os clubes, um novo edital precisa ser apresentado com uma nova data”, defendeu. Ele ainda criticou o que chamou de “cambalacho jurídico” para tentar realizar a eleição no mesmo dia, mesmo diante da suspensão judicial.
Por fim, Ítalo reforçou que a requalificação do processo eleitoral, talvez até com uma nova comissão organizadora, é essencial para garantir que a FMF siga um caminho democrático.
“Está muito complicado a gente conseguir fazer política dessa forma. Para redefinir os rumos da nossa federação, é preciso corrigir essas falhas e respeitar o direito de todos os clubes.”
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