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Flamengo tropeça na Argentina e já não depende só de si na Libertadores

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Central Córdoba

A matemática voltou a bater na porta do Flamengo. Mas, desta vez, a equação parece mais difícil do que o normal. Não é que falte talento, Arrascaeta provou isso com um gol que só ele faria, com um toque de leveza em um jogo que já nascia tenso. O problema está no que vem depois. Em como o talento, isolado, se perde entre erros de saída de bola, desatenções defensivas e um time que oscila mais do que deveria. Contra o Central Córdoba, o Rubro-Negro ficou no 1 a 1 e, pior, deixou de depender apenas de si para se classificar às oitavas da Libertadores.

Há algo de inquietante quando um elenco estrelado como o do Flamengo olha para o grupo e precisa pegar a calculadora. A noite começou até promissora: Gerson achou Arrascaeta, que finalizou com a frieza de quem já resolveu muitas partidas. Mas o que poderia ser o ponto de virada, virou apenas mais um capítulo da novela de 2024, em que cada rodada parece um novo teste de paciência para o torcedor.

O Central Córdoba não é o adversário mais temido da América do Sul. Mas também não é bobo. Com uma pressão lá na frente e espírito combativo, conseguiu o empate num cruzamento simples, que encontrou Veron livre demais para cabecear. Daí em diante, o que se viu foi o Flamengo tentando, sem convicção, retomar o controle. E quase perdeu tudo em um pênalti que o VAR anulou, mas que ficou ali, como um aviso de que o time caminha na corda bamba.

A Libertadores, para o Flamengo, nunca foi só um campeonato. É obsessão, dívida, orgulho. E exatamente por isso, o empate dói. Porque ele não só adia, como expõe. Expõe que o time ainda não se encontrou. Expõe que a camisa sozinha não intimida. Expõe que há mais dúvidas do que certezas.

O Rubro-Negro agora terá que vencer e torcer, verbo ingrato para quem se acostumou a decidir. Os jogos contra LDU e Deportivo Táchira no Maracanã podem até ser o respiro, o reencontro. Mas a verdade é que o Flamengo tropeça em seus próprios erros e, na Libertadores, isso costuma custar caro.

Entre a técnica e o sufoco, entre a promessa e o tropeço, fica a pergunta que ecoa nas arquibancadas: até quando o Flamengo vai se contentar em jogar menos do que pode?

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