Um grupo de ex-jogadores e integrantes da comissão técnica do Operário Várzea-grandense denunciou ao Na Coruja que o clube não repassou a premiação prometida pela classificação à segunda fase da Copa Betano do Brasil de 2025.
Segundo os profissionais, a diretoria havia se comprometido verbalmente a pagar R$ 12 mil a cada membro do elenco como recompensa pela vitória histórica sobre o Sport Recife, resultado que garantiu ao clube um total de R$ 1,83 milhão em cotas repassadas pela Confederação Brasileira de Futebol, (CBF). No entanto, até o momento, nenhum dos envolvidos recebeu o valor combinado.
De acordo com as alegações, as cobranças começaram logo após o encerramento da participação do clube no Campeonato Mato-grossense. Inicialmente, o presidente do Chicote da Fronteira alegou que a CBF ainda não havia feito o repasse da quantia. Mas, após apuração por parte dos atletas, foi constatado que o valor já havia sido creditado ao clube. Confrontado com a informação, o dirigente passou a afirmar que os recursos estariam bloqueados por uma suposta ação judicial de 1989, porém não apresentou qualquer documentação oficial que comprovasse a informação.
Desde então, os profissionais relatam dificuldades na comunicação com a diretoria do clube. As tentativas de mensagens e ligações, em sua maioria, não são respondias e, quando há retorno, são feitas novas promessas de pagamento, todas sem cumprimento.
Por isso, eles analisam mover uma ação judicial para garantir o repasse dos débitos. A rescisão contratual, tratada de forma pacífica, também poderá ser incluída na ação como forma de assegurar o cumprimento do acordo verbal.
A classificação inédita à segunda fase da Copa do Brasil representou um marco histórico para a equipe, que nunca havia avançado além da primeira fase em edições anteriores. O clube recebeu R$ 830 mil pela participação inicial e outros R$ 1 milhão pela vitória nos pênaltis sobre o Sport, totalizando R$ 1,83 milhão, valor que representa mais de sete vezes a folha salarial mensal da equipe em 2024. Mesmo assim, quase quatro meses após a conquista, o elenco não recebeu qualquer parte dessa quantia.
Procurado pelo repórter Claudinei Araújo, do DNA Esportivo, o presidente Roberto admitiu o não pagamento do bônus da Copa do Brasil. “Os salários estão pagos. O que faltou foi o bônus da Copa do Brasil. E, devido à eliminação, ficaram algumas outras coisas que têm que ser resolvidas.”, disse o dirigente.
O espaço segue aberto para novos posicionamentos oficiais de ambas as partes.
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