Fala Torcedor

Eliminação, frustração e muito cansaço

Rodrigo Coca/ Agência Corinthians

Escolhas ruins, consequências piores. Bastam minutos (cinco) para tudo ir ao chão e ruir. O enredo está pronto. Mas, será mesmo? Para o torcedor não. A verdade é que pouco importa se o time está levando goleada, se está jogando nada, se não demonstra poder de reação. Para aquele torcedor de verdade, que conta os dias para ver seu time em campo, cada segundo é um pedaço de esperança que só será extinta quando o árbitro apitar fim de jogo.

E nesta quinta-feira (31/10), segundo jogo da semifinal da Sul-Americana, não foi diferente. E, obviamente, que a dor ia ser maior. Sempre é. Aí eu me pergunto: por que eu insisto em algo que me deixa triste na maior parte das vezes? E logo eu lembro de cada conquista ou gol que eu comemorei. Cada grito e alívio que senti. Seja da forma que for, esse sofrimento é tão pequeno e insignificante perto do amor que um torcedor sente pelo seu clube, que toda a insistência em ficar ali esperando até o apito final vale a pena.

Essa eliminação do Corinthians, em específico, doeu mais pela forma como foi e por tudo que estava em jogo. Contra uma equipe argentina qualificada e que teria o apoio de sua torcida infernizando desde início, quem começou melhor e logo fez o gol fomos nós. Assistência do holandês mais querido da fiel para o atacante que mais sofreu nesses últimos tempos, marcar o seu. Caramba, que dupla! O mais difícil estava acontecendo. Era só manter o foco e a classificação estava encaminhada.

Esse foi o problema. Bastaram cinco minutos para todo esse sonho ir para o ralo e a gente ainda levar uma virada. Equilíbrio emocional não parece ser o forte da equipe de Ramón Diaz e, infelizmente, isso é crucial no futebol (e na vida), principalmente numa decisão tão importante como essa. Lá se vão Libertadores, Copa do Brasil, Recopa e um título inédito. E o que sobra é cansaço e frustração (de novo).

Sim, isso é um grande banho de água fria. Mas a realidade está aí para lembrar que a luta contra o rebaixamento não acabou. Estamos cansados e frustrados, mas daqui quatro dias tem um derby. Sim, nosso maior rival estará nos esperando em plena segunda-feira e vida que segue. Parece um sofrimento sem fim, mas nada como um dia após o outro. Não somos uma torcida fiel à toa. Sempre haverá esperança.

Seguimos. E que São Jorge nos ajude!

Por Fernanda Calazans 

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