O técnico Eduardo Barros analisou, em coletiva após a derrota por 1 a 0 para o Novorizontino, na noite desta quarta-feira (8), na Arena Pantanal, o desempenho do Cuiabá e os desdobramentos do resultado que encerrou a sequência invicta do time na Série B. Apesar da frustração, o treinador destacou que há aspectos positivos a serem mantidos para as sete rodadas finais da competição.
“O resultado é frustrante, claro, por toda a expectativa criada, mas existem derrotas e derrotas. Fomos superiores no primeiro tempo, neutralizamos o adversário e criamos boas chances. O que fica de negativo é ter concedido o gol em um jogo equilibrado”, avaliou Barros.
Segundo o técnico, o Cuiabá teve um bom desempenho na etapa inicial e conseguiu conter a pressão ofensiva do adversário, que figurou boa parte do campeonato no G-4. O momento mais crítico, na visão dele, veio logo após o intervalo.
“O início do segundo tempo foi o pior momento do nosso jogo, emocionalmente. Voltamos sem o mesmo espírito agressivo. Depois do gol, a equipe reagiu bem, fez um jogo com pouquíssimos reparos, criou oportunidades e lutou até o fim”, afirmou.
Durante a coletiva, o treinador também respondeu à pergunta da repórter Yasmin Barros, do canal Na Coruja, sobre a opção de não iniciar a partida com o volante Patrick de Lucca. Barros explicou que a escolha foi estratégica, diante da mudança de esquema do adversário.
“Se a gente mexe na estrutura de início, teríamos apenas um zagueiro de origem contra um time que veio para disputar duelos e travar o jogo. O Novorizontino mudou a maneira de jogar: colocou três zagueiros, tirou um volante de mobilidade e entrou com um jogador de mais marcação. Isso já mostrava que seria um jogo de muita disputa física”, explicou.
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“Optar pelo Patrick desde o início significaria abrir mão de um defensor de área e de um pouco da nossa estatura. E a gente sabia que o adversário ia forçar bolas aéreas e duelos de segunda bola. Mantendo dois zagueiros e o Carlos, que também tem bom jogo aéreo, a equipe ganhou corpo defensivo. Era importante ter equilíbrio para não correr riscos desnecessários logo no começo”, completou.
“São nuances do jogo que muitas vezes não aparecem para quem está de fora, mas fazem diferença na preparação. A gente precisava respeitar o modelo do adversário e, dentro disso, preservar a estrutura que vinha funcionando. O Patrick entrou depois, quando o jogo exigiu uma postura mais ofensiva e uma construção com mais passes”, concluiu.
Barros ainda detalhou as substituições, citou o retorno de Natan e destacou que o time terminou o jogo com formação bastante ofensiva, buscando o empate até o último minuto.
“Terminamos com apenas um zagueiro, dois centroavantes e dois pontas. Não faltou coragem nem entrega, faltou transformar o volume de jogo em gol. A luta até o fim é o principal ponto positivo que levamos”, finalizou.
Mesmo com o revés, Eduardo destacou o espírito competitivo da equipe e reforçou que o Dourado segue vivo na briga pelo acesso.
“Tem muito ponto na mesa, ainda restam sete jogos e quatro deles em casa. Se a gente fizer o dever de casa, continua completamente vivo na competição. O torcedor não pode jogar a toalha”, destacou.
Com o resultado, o Cuiabá permanece com 46 pontos e volta a campo no domingo (12), contra o Coritiba, novamente na Arena Pantanal.
Confira a coletiva completa:
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