Brigando pelo acesso na Série B, o Cuiabá sofre com uma queda drástica no número de sócios e enfrenta esvaziamento na Arena Pantanal, mesmo como melhor mandante da competição, ingressos a partir de R$ 10 e confrontos decisivos em casa. O cenário é preocupante fora das quatro linhas: Segundo GE, o clube viu seu programa de sócios despencar de, aproximadamente, 3 mil adimplentes na Série A, para apenas 148 associados ativos em julho deste ano.
Rebaixado no ano passado, o Dourado é, entre os clubes pesquisados, o que mais perdeu sócios-torcedores desde a queda para a segunda divisão. Para se ter ideia, em 2023 o clube arrecadou mais de R$ 1,6 milhão com o programa, número que despenca junto com o engajamento da torcida. O esvaziamento das arquibancadas da Arena Pantanal, que tem capacidade para mais de 43 mil pessoas, é um reflexo direto da desconexão entre time e clube.
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Torcida ausente mesmo com campanha sólida
Dentro de campo, o desempenho é positivo. O Cuiabá é o melhor mandante da competição, sustentando sua campanha de recuperação e mantendo vivo o sonho do retorno à elite. Porém, nas arquibancadas, o apoio é tímido quando não inexistente. Nem mesmo o fator preço tem sido suficiente: com bilhetes populares começando em R$ 10, a média de público do Cuiabá é de 2.235 por partida.
Rodadas decisivas sem pressão das arquibancadas
Nas últimas semanas, o Dourado terá seis jogos em casa, todos cruciais para a briga pelo G-4: Goiás, Coritiba, Novorizontino, Chapecoense, Remo e Criciúma são adversários diretos e estarão na Arena Pantanal. São confrontos com cara de final.
Falta de engajamento ou falha institucional?
A crise de sócios não é apenas reflexo do rebaixamento. Ela expõe uma fragilidade estrutural na relação do clube com sua torcida. Falta campanha, falta comunicação, falta pertencimento. O Cuiabá cresceu rápido, mas talvez tenha esquecido de criar raízes.
O torcedor foi tratado como cliente, e agora, diante da crise, o clube sente falta do apoio de quem nunca foi conquistado de verdade.
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