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Derby da Resistência: O clássico dos milhões ainda arrebata corações

Nettinho

Fico me questionando quantos clássicos estádios como o Dutrinha já presenciaram. Apesar da ascensão – e recente queda – do Cuiabá a série A, que revelou ao coração de muitos cuiabanos – e porque não mato-grossense – o amor pelo clube, o Clássico dos Milhões ainda entrega ao público toda emoção e ancestralidade do futebol local, sendo considerado o maior clássico do estado de Mato Grosso.

Era uma tarde quente de sábado, em agosto de 1958, e dois times se enfrentavam pela primeira vez pelo Campeonato Cuiabano. Quando a bola rolou em campo, os olhares, tanto da torcida quanto dos jogadores, diziam tudo. Não era apenas um jogo, era uma batalha entre gigantes. Com direito a emoção até o último segundo, Mixto e Operário entregaram tudo o que o futebol propõe: garra, paixão e o peso da camisa. A honra.

Nesse jogo, o Mixto – time pelo qual essa autora precisa admitir sentir palpitações no coração – goleou o Operário por 7 a 2. E assim nasceu o Clássico dos Milhões: uma rivalidade histórica com mais de 60 anos de existência. É muito mais que futebol, é o orgulho de cidades, é a história de gerações, é briga de família. É o relato de quedas de alguns e ascensão de outros. É o amor pela camisa de ambos.

Os dois se enfrentaram quase trezentas vezes, ao longo desses 60 anos, sendo o mais 600 gols marcados. O Alvinegro parece levar mais gols para casa, sendo quem mais balançou as redes nos últimos anos, o que não tira do Operário a grandiosidade, já que em contagem de gols, está ali, coladinho do alvinegro.

E quem percorre esse clássico ao longo da história sabe: a emoção é o pré-requisito para um jogo entre ambas as equipes. Não tenho nada contra o Cuiabá, mas preciso falar: O charme de um Clássico dos Milhões é muito difícil de replicar. E que venham mais jogos!

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