O Cuiabá tem um padrão recorrente quando decide trocar de treinador: antes de anunciar um novo nome, a equipe costuma entregar o comando ao auxiliar técnico fixo ou a jovens treinadores. Desde 2020, com Allan Aal, a estratégia se repetiu em praticamente todas as mudanças de comando no clube, inclusive na escolha de Eduardo Barros para a sequência da temporada.
2020 – Ano do acesso
Em 2020, ano que decretou o acesso à elite do futebol brasileiro, após a saída de Marcelo Chamusca para o Fortaleza, em durante momento decisivo na Série B, o clube anunciou Allan Aal, com 41 anos à época, alegando que o perfil do treinador agradava, já que a idéia era apostar em um treinador jovem, em busca da vaga na Série A de 2021.
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Aal encontrou o time na sexta colocação e conseguiu levar o Cuiabá à primeira divisão, tendo 8 vitórias, 3 empates e 6 derrotas em 19 jogos à frente do Dourado, disputando jogos pela segundona, Copa do Brasil e Copa Verde. Porém, mesmo com o sucesso, o técnico foi desligado do cargo, em comum acordo, três dias após o fim do campeonato, encerrando três meses de trebalho.
2021 – A dança das cadeiras cuiabanista
Após a saída conturbada de Alberto Valentim, em junho de 2021, com o então vice-presidente Cristiano Dresch dizendo que a contratação foi “um erro”, o Cuiabá voltou a recorrer a um recurso frequente: a promoção de auxiliares para comandar a equipe. Luiz Fernando Iubel, então auxiliar, assumiu interinamente por 31 dias até a chegada de Jorginho, que permaneceu até 31 de dezembro daquele ano. Mesmo com essa dança das cadeiras, a equipe se manteve na Série A em 15° na tabela.
2022 – Ano novo, hábitos velhos
No início da temporada 2022, o auxiliar Eduardo Oliveira teve passagem curta de apenas 12 dias antes de Pintado ser contratado, reforçando a oscilação da equipe na escolha de treinadores. Pintado permaneceu até maio, quando Iubel voltou a assumir interinamente o cargo. No mês seguinte, Antônio Oliveira iniciou sua primeira passagem pelo Cuiabá, vinda após trabalhos no Athletico-PR e no Benfica B. Menos de seis meses depois, ele deixou o cargo, em novembro de 2022.
2023/2024 – Em queda
O substituto escolhido foi Ivo Vieira que, assim como seus antecessores, não permaneceu por muito tempo, deixando o clube em maio de 2023. A solução para o problema era novamente Iubel, que assumiu interinamente por 12 dias até a volta de Antônio Oliveira, que ficou 262 dias à frente do time, sendo o período mais longo de um treinador no clube, até seguir para o Corinthians em fevereiro de 2024.
Iubel reassumiu o comando até a chegada de Petit, em maio de 2024, que permaneceu até agosto, quando Bernardo Franco assumiu e ficou até fevereiro de 2025. Guto Ferreira foi contratado na sequência, mas deixa o cargo agora, após a derrota para o Avaí no domingo(10).
2025 – O que esperar?
Para a reta final da Série B, o Cuiabá seguiu a tradição e entregou o comando ao auxiliar fixo, desta vez Eduardo Barros, que fará sua estreia no sábado (16) contra o Athletico-PR, em Curitiba. Uma solução caseira e repetitiva, com histórico adverso que comprova, ano após ano, sua ineficácia. Porém, o que resta ao torcedor do Dourado é seguir acrediando no sonho de voltar a Série A, mesmo que ele esteja meio apagado neste momento.
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