A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) protocolou nesta quarta-feira (28) um pedido à Justiça de Mato Grosso solicitando a substituição do interventor judicial da Federação Mato-Grossense de Futebol (FMF). A entidade que comanda o futebol brasileiro considera que a decisão da juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 4ª Vara Cível de Cuiabá, fere o Estatuto do Futebol e pode resultar em sanções internacionais à FMF.
Na petição, a CBF propõe que o cargo de interventor interino da FMF seja assumido por Luciano Dahmer Hocsman, atual presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), até que uma nova eleição seja realizada. A entidade justifica a indicação como uma forma de preservar a legalidade dentro do sistema associativo do futebol brasileiro.
Segundo a CBF, a FIFA não reconhece órgãos dirigentes nomeados por instâncias externas ao sistema federativo, como o Poder Judiciário, a menos que isso ocorra seguindo os trâmites estabelecidos internamente pelas próprias entidades esportivas.
“O interventor nomeado judicialmente não tem vínculo com o sistema federativo do futebol, o que pode gerar graves consequências para a FMF no cenário nacional e internacional”, alerta a CBF em trecho da petição.
A confederação ainda argumenta que o seu estatuto prevê mecanismos próprios para suprir vacâncias administrativas nas federações filiadas, sem necessidade de interferência externa, e reforça que a nomeação de um interventor deveria caber exclusivamente à CBF.
A manifestação será agora avaliada pelo Poder Judiciário. A juíza poderá decidir entre manter o advogado Thiago Dayan da Luz Barros, interventor nomeado na segunda-feira (26), ou acatar a solicitação da CBF e transferir a função para Luciano Hocsman.
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