A CBG anuncia as convocações das Seleções Brasileiras para o Campeonato Mundial de Ginástica Artística, que será disputada na Indonesia Arena, em Jacarta, de 19 a 25 de outubro de 2025:
Seleção Feminina
Flávia Saraiva, Julia Soares, Júlia Coutinho e Sophia Weisberg
Seleção Masculina
Arthur Nory, Caio Souza, Diogo Soares, Vitaliy Guimarães e Yuri Guimarães
A 53ª edição do Mundial de Ginástica Artística da FIG é marco inaugural do ciclo olímpico que tem como foco os Jogos de 2028, em Los Angeles, nos Estados Unidos.
A Federação Internacional de Ginástica promove competições por equipes apenas a partir do segundo Mundial de cada ciclo. Assim, o evento na Indonesia Arena se resume a disputas por aparelhos e individual geral – o chamado “Mundial de especialistas”.
“O primeiro Mundial de cada ciclo olímpico tem sempre o caráter de reinício, ou de início.
Trata-se de competições mais leves, nas quais não se disputam vagas olímpicas. É uma excelente oportunidade para renovar equipes, para vermos caras novas, para retomada competitiva após recuperações, exibição de novas séries, adaptação a novos códigos de arbitragem.
É também a chance de aproximação com o nosso público, de curtir a modalidade e de desfrutar”, afirma o coordenador da Seleção Brasileira de Ginástica Artística Masculina, Hilton Dichelli. “Nesta etapa inicial do ciclo, que é o Mundial de Jacarta, vamos colocar os especialistas em seus aparelhos. E os atletas que competem no individual geral vão buscar a maior quantidade de finais que for possível”, declarou o profissional, após treinamento realizado em Doha, no Catar, onde os brasileiros realizam a aclimatação que visa ao evento.
A medalhista olímpica Flávia Saraiva, aos 26 anos de idade, lidera um grupo no qual despontam novos talentos, repetindo assim a trajetória de outras referências na modalidade em determinados pontos da carreira, como Jade Barbosa ou Daniele Hypolito.
“Estou tendo a oportunidade de treinar com atletas dez ou onze anos mais novas do que eu. Eu e a Julia Soares, que temos mais experiência, estamos aqui também para ensinar, podendo mostrar o que é um Campeonato Mundial. Não é hora de cobrança, mas de aprendizado, de amadurecimento de jovens ginastas que estão convivendo com duas medalhistas olímpicas.
A gente consegue ensinar até sem palavras. Consegue-se assimilar muita coisa observando postura, comportamento. Nossa corrida pela vaga olímpica começa em 2026. Então, este é o momento de aproveitarem o Mundial, ver o que significa, que sintam os aparelhos e absorvam o que puderem ao lado das melhores do mundo. É um momento muito interessante, de descoberta, pelo qual eu também passei. E que possam voltar felizes ao Brasil, para dar continuidade ao trabalho, cheias de inspiração”.
Francisco Porath Neto, o Coordenador da Seleção Brasileira de Ginástica Artística Feminina, falou sobre o trabalho feito ao longo de 2025. “Assim que acaba uma edição dos Jogos Olímpicos, um novo projeto já começa a ser desenhado. Já dissemos anteriormente que temos uma equipe renovada vindo aí, para se juntar com as atletas mais experientes. Depois de tudo o que fizemos neste ano, inclusive processos seletivos realizados de forma bem correta e transparente, chegamos a este grupo”.
Mesmo sem disputa por vagas olímpicas, o treinador tem a expectativa de uma competição de alto nível técnico. “Todos os países querem testar seus especialistas. Acredito que será uma boa experiência para todos que vão representar o Brasil”, acrescentou.
Caroline Molinari, treinadora de Julia Soares, faz parte da delegação. “Este é um momento especial na minha trajetória profissional, o de acompanhar esse Mundial. Assim como os atletas, nós, treinadores, também crescemos vivenciando esse tipo de experiência, estando em contato com os melhores do mundo. Essa oportunidade é valiosa para o desenvolvimento de habilidades e para o fortalecimento da ginástica brasileira como um todo”.
Na Seleção Masculina, Caio Souza, ao lado de outros atletas que também já participaram de Jogos Olímpicos, como Arthur Nory e Diogo Soares, também inspiraram os mais jovens pelo exemplo. Aos 32 anos, e em ótimas condições físicas e técnicas, Caio refletiu a respeito desse início de jornada. “O primeiro ano do ciclo embute em si os seus desafios. A cada ciclo que se inicia, temos mudanças no código, e desta vez tivemos as mais significativas até então, na minha forma de ver. O sentimento é de felicidade neste reinício, e agora num ciclo normal. O passado foi de três anos; o anterior, de cinco, tudo por decorrência da pandemia. O trabalho recompensa sempre. Estou ansioso para que comece o Mundial de Jacarta”.
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