O agora ex-presidente da Federação Mato-Grossense de Futebol (FMF), Aron Dresch, publicou uma nota de despedida na noite desta terça-feira (27), encerrando oficialmente seu segundo mandato à frente da entidade. A saída ocorre em meio à suspensão do processo eleitoral e à intervenção judicial determinada pela Justiça de Cuiabá.
Dresch deixou o comando da federação na última segunda-feira (26), data do fim de seu mandato. Ele tenta a reeleição pela chapa “Federação Para Todos”, que disputa com a chapa de oposição “Progresso no Futebol”, liderada pelo empresário e jornalista Dorileo Leal.
Com a eleição suspensa desde o dia 3 de maio por decisão judicial — motivada por denúncias de irregularidades no processo eleitoral e na atual gestão — a juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 4ª Vara Cível de Cuiabá, nomeou o advogado Thiago Dayan da Luz Barros como interventor da entidade.
O interventor terá atuação provisória e com funções limitadas, sendo responsável por manter as atividades da FMF, organizar um novo processo eleitoral e prestar contas mensalmente ao Judiciário até nova definição do comando da federação.
📄 Veja a nota de despedida de Aron Dresch ao fim da matéria.
Boa noite, meus amigos, em especial aos clubes a quem tenho tanto respeito e com quem trabalhei juntamente neste tempo todo.
Me despeço — por ora — da Federação.
Mas faço questão de ser claro: não saio por intervenção, revogação, ou qualquer invalidação da minha gestão. Isso é bobagem. Nada disso se sustenta.
O que houve foi apenas o entendimento da Justiça de que há uma lacuna no processo sucessório, vez que não houve eleição. E, diante disso, foi nomeado um administrador provisório. Simples assim.
E quando a Justiça determina, a gente cumpre. Como sempre fizemos: dentro da lei.
Não há juízo algum contra os meus atos. A legitimidade da minha gestão segue intacta. Está tudo certo.
Vamos lembrar que o futebol se faz em campo, nos treinos, no dia a dia.
Que o foco precisa ser a bola rolando, os clubes crescendo.
Que as eleições precisam acontecer porque o futebol não pode parar.
E o que não pode parar também são as conquistas que construímos juntos:
_ Entramos no circuito nacional e internacional dos campeonatos mais importantes
_Recebemos a Copa América, Sul Americana, e tantas outras;
_ Alcançamos um recorde do número de jogos, só em 2024 foram 511, isso nunca tinha nem sido imaginado, inclusive parabéns para os clubes;
– Aumentamos o número de clubes filiados e participantes dos campeonatos, incluindo categorias de base e futebol feminino;
_Investimento nas categorias de base, fundamental pro crescimento disso tudo;
_ Valorizamos as competições regionais, com premiações recordes, transmissões e maior visibilidade nacional para os nossos atletas.
O que tem que vencer é da vontade dos clubes.
E que continue sendo democrático, exatamente do jeito que trouxemos até aqui, porque qualquer coisa diferente disso é RETROCESSO.
Nós queremos progresso no futebol.
Eu espero que isso não seja uma despedida, mas sim um até breve.
Bem breve – se for da vontade daqueles que suam verdadeiramente pelo nosso futebol.
Até mais.
Aron Dresch
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