O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recorreu nesta terça-feira (12), em Brasília, contra decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) que tornou o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, réu apenas por fraude esportiva. Segundo o GE, o órgão pede que o jogador também responda pelo crime de estelionato, no caso que investiga a manipulação de um cartão amarelo para favorecer apostadores durante jogo contra o Santos, pelo Brasileirão de 2023.
No último dia 16, o TJDFT havia aceitado parcialmente a denúncia do MPDFT, incluindo Bruno Henrique, seu irmão Wander Nunes Pinto Júnior e outras seis pessoas como réus. O pedido original do Ministério Público incluía também o crime de estelionato e o pagamento de fiança de R$ 2 milhões como medida preventiva. Caso sejam condenados, Bruno Henrique e o irmão podem pegar pena de dois a seis anos de prisão.
Bruno Henrique foi enquadrado no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que trata de “fraudar, por qualquer meio, ou contribuir para fraude de resultado de competição esportiva”. Além dele, foram indiciados Ludymilla Araújo Lima (esposa de Wander) e Poliana Ester Nunes Cardoso (prima), que responderão por estelionato. Um segundo grupo de apostadores, amigos do irmão do jogador, também é investigado.
As investigações começaram em agosto de 2023, depois que três casas de apostas identificaram movimentações suspeitas. Uma delas apontou que 98% das apostas sobre cartões amarelos naquele jogo eram direcionadas para Bruno Henrique.
Paralelamente, a Procuradoria do STJD decidiu formalizar denúncia contra o atacante em vários artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). As penas possíveis vão de suspensão de 360 a 720 dias, suspensão de 12 a 24 partidas e multas entre R$ 100 e R$ 100 mil.
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