Pelo segundo ano consecutivo, o Cuiabá Esporte Clube enfrenta problemas disciplinares envolvendo atacantes. Após a recente saída de André Luis, anunciada nesta semana, o clube repete uma rotina que já se tornou incômoda nos bastidores do Dourado: a dispensa de jogadores por questões comportamentais fora das quatro linhas.
André Luis, que estava afastado do elenco principal há mais de uma semana, rescindiu contrato em comum acordo com o clube. Em sua segunda passagem pelo Cuiabá, o atacante somou 96 jogos e 10 gols, tendo balançado as redes apenas uma vez em 205.
Mas ele não é o primeiro. A lista de atletas que deixaram o clube por problemas de indisciplina ou questões extracampo vem desde 2022, quando Valdívia e Alesson saíram durante a luta contra o rebaixamento. Em 2023, foi a vez do meia Cepellini, que deixou o time em meio a conflitos internos.
O caso mais emblemático, no entanto, é o do ex-camisa 9 Deyverson. Artilheiro do clube com 33 gols em 83 jogos, o atacante viveu uma trajetória marcada por altos e baixos dentro e fora de campo. Em 2023, foi multado por comemorar publicamente o título do Palmeiras na Supercopa — gesto malvisto pela diretoria e que quase gerou sua saída antecipada. Também teve atritos com a torcida, como ao responder vaias com o gesto do “número 9”, provocando divisão entre os torcedores.
Em 2024, após nova série de desentendimentos com a diretoria, Deyverson deixou o Cuiabá rumo ao Atlético-MG, onde teve papel importante na campanha do Galo até a final da Libertadores — perdida para o Botafogo por 3 a 1. A transferência de R$ 4,6 milhões, valor atualizado neste mês de abril, ainda não chegaram aos cofres Auriverdes.
Hoje no Fortaleza, Deyverson ainda figura entre os principais artilheiros da história do Cuiabá, ao lado de nomes como Elton e Fernando.
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