O Campeonato Mato-grossense, após longas temporadas, finalmente tem uma disputa à altura de sua história. Neste ano, temos quatro equipes investindo forte mirando as competições nacionais, além do próprio Cuiabá, que já faturou quase 100 milhões em vendas entre 2024 e 2025.
Porém, uma coisa tem me incomodado. Você deve estar se perguntando: o que seria? O horário dos jogos no sábado? O trato fraco com a imprensa? Falta de estrutura dos estádios? Uma arbitragem ruim?
Todos esses pontos são problemas típicos de todos os estaduais do país, mas a questão que mais tem me incomodado são as datas das partidas. Neste estadual em questão, estamos tendo problemas recorrentes com grandes jogos no mesmo dia. As semifinais ocorrem rigorosamente no mesmo dia, falo da partida de volta, para que os times tenham “o mesmo” tempo de descanso. Fato que foi desconsiderado na partida de ida!
Outro ponto preocupante: estamos na quinta-feira (20) e ainda não foram divulgados as datas da final e da disputa do 3º e 4º lugar. A que ponto chegamos? Estamos no maior momento do futebol do nosso estado, e uma situação como essa acontece.
“Ah, Felipe, o Corujão, não se faça de bobo, você sabe que há um impasse entre um dos mandantes dessas disputas.”
Sim, há um impasse entre a Federação e o clube, mas mesmo assim, não há uma explicação lógica para esse atraso. Os clubes finalistas, Primavera e Cuiabá, já divulgaram que a partida de ida será no sábado (22), porém o anúncio oficial, impreterivelmente, será feito a menos de 48 horas do jogo.
Agora, voltando ao debate central: neste estadual, nossas partidas engatilhadas umas com as outras, jogos em meio de semana disputados às 19h – um horário que segue sendo criticado pelas torcidas nas redes sociais. Também tivemos partidas realizadas mais cedo, às 15h, mas, neste caso específico, foi um pedido do mandante.
Tirando essa partida em questão, outras 08 partidas em dias de semana foram disputadas às 19h. As únicas duas que não aconteceram nesse horário foram ajustadas a pedido dos detentores dos direitos de transmissão para exibição na TV.
A FMF tem dado passos significativos nos últimos anos, como a ajuda de custos para os clubes do estado, a venda do campeonato para a TV aberta e fechada (algo que não aconteceu em estados maiores). Além disso, as partidas que não estão na série da TV estão sendo transmitidas na FMF TV.
Porém, o nosso papel é cobrar, fiscalizar e criticar quando necessário! Precisamos que a organização venha a público com base em suas decisões e alguns pontos específicos. Seguimos aguardando o posicionamento da Federação.
Felipe Santos é graduando em Jornalismo, auxiliar de redação no RepórterMT e CEO do Na Coruja.
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