Neste sábado (18), Cuiabá e Mixto se enfrentam pela terceira rodada do Campeonato Mato-Grossense Martinello Sicredi 2025. O confronto será novamente na Arena Pantanal. O chamado “Dérbi Cuiabano” volta a ser disputado na Arena após dois anos, já que, em 2024, a única partida entre os dois times foi realizada no Estádio Eurico Gaspar Dutra, popularmente conhecido como Dutrinha.
Com o embate entre o Dourado e o Tigre da Vargas deste sábado, a discussão sobre quem possui a maior torcida voltou à tona.
O Dourado vem de um empate sem gols contra o Operário de Várzea Grande, no Estádio Dito Souza (Ditão), em VG. Já o Alvinegro chega animado após golear o Nova Mutum por 5 a 0 na Arena Pantanal, em Cuiabá.
Cuiabá
A ascensão do Cuiabá à Série A do Brasileirão fez com que a popularidade do clube atingisse seu ápice. O time, criado em 2001 por Luís Carlos Tóffoli, conhecido como Gaúcho, conseguiu se manter na elite do futebol brasileiro por quatro anos seguidos — um feito digno de nota. A expectativa para a temporada de 2021 (a primeira na Série A) era apenas evitar o rebaixamento.
O Dourado é o segundo time com mais títulos do Campeonato Mato-Grossense, com 13 conquistas, ficando atrás apenas do Mixto, que tem 24 títulos estaduais.
Além de permanecer na Série A, o Cuiabá conseguiu a classificação para disputar a primeira competição internacional de sua história, a Copa Sul-Americana de 2022. Com o time ganhando notoriedade nacional, o apoio regional se tornou ainda mais evidente.
O maior público já registrado em um jogo do Dourado na Arena Pantanal foi na partida entre Cuiabá e Operário-PR, em 2018, pelo jogo de volta da final da Série C do Brasileiro. Estavam presentes 41.311 pessoas, que assistiram à derrota do Cuiabá para o time paranaense — esse é o recorde de público em uma partida de futebol no estádio.
Em 2024, na partida contra o Corinthians pelo Brasileirão, a Arena Pantanal recebeu 16.680 torcedores, com uma receita de R$ 1.818.680,00, a maior do Cuiabá em um jogo disputado em casa.
A última colocação no Brasileirão de 2024, que resultou no rebaixamento para a Série B em 2025, foi uma decepção inesperada para o torcedor alviverde. Em 2023, o Cuiabá havia alcançado a 12ª posição, seu melhor desempenho na elite do futebol brasileiro.
No início de 2025, as incertezas sobre o futuro do clube preocupam os torcedores. Com mais saídas de jogadores do que chegadas, o Dourado não parece dar sinais de que disputará o acesso à Série A, mas sim de que busca uma reformulação que deve começar desde a base até o time principal. A diretoria do clube também parece desorganizada neste momento.
Resta saber se o apoio da torcida será mantido nesse período turbulento do clube alviverde.
Mixto
Se o lado verde enfrenta turbulências, o lado alvinegro começa a se reorganizar. Após se tornar Sociedade Anônima do Futebol (SAF) em 2022, o clube parece estar no caminho certo para voltar a ser uma potência do futebol mato-grossense.
Administrado por João Dorileo Leal, dono do Grupo Gazeta de Comunicação, e pelo ex-senador, radialista e jornalista Antero Paes de Barros, o Tigre da Vargas iniciou uma forte reestruturação, com foco nos times femininos e nas categorias de base.
Os investimentos não se limitaram ao futebol. Em 2023, o clube anunciou a aquisição de um micro-ônibus de 33 lugares e duas vans com 18 lugares cada, totalizando um investimento de R$ 1,1 milhão. Esse recurso foi possível graças à meta atingida com o retorno do time principal à elite do estadual.
O clube é o maior campeão do Campeonato Mato-Grossense, com 24 títulos, sendo considerado por muitos o maior e mais tradicional time do estado. Mesmo com o Cuiabá ganhando destaque, o Mixto nunca perdeu sua torcida. Pelo contrário, nos momentos mais difíceis, ela sempre esteve presente, oferecendo apoio e suporte.
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